sábado, 31 de março de 2012

Viajar com crianças: noções básicas


Não sou das mais experientes em viagens, aliás há blogs fantásticos com dicas específicas do destino, são tantos que não dá nem pra listar.
Mas como acabo de chegar de uma viagem à Porto e Guimarães, resolvi dar os meus palpites, que vão além do protetor solar, casacos e planejamento.

1. Ao invés de hotel, tente alugar um apartamento.
Não há nada melhor do que ter uma cozinha à disposição quando se tem uma criança.
Mesmo para 1, 2 dias há opções de flats ou apartamentos que saem o mesmo valor de um hotel.
Pra mim, a alimentação é a preocupação número 1. Ficar na rua, num lugar desconhecido, a procura de um restaurante que tenha uma comida decente para criança, é muito desgastante.
Não custa nada fazer uma marmitinha fresca e levar pra rua. Assim, podem decidir comer em qualquer tipo de restaurante que a comida da criança está garantida.

2. Procure viajar depois das refeições.
Criança de barriga cheia é tranquilidade para a mãe e para a criança que provavelmente vai tirar aquela soneca na viagem.
Claro que não se deve comer e entrar no avião imediatamente, principalmente crianças sensíveis.
Mas fazer a viagem na hora do almoço ou do jantar atrapalha tudo. Se der para evitar, evite.

3. Se viajar de trem, peça poltronas com mesa ou viradas para frente.
Vai por mim. Experiência própria.
Para garantir, compre antes pela internet e escolha bem os lugares.

4. Leve carrinho.
Vale o esforço. Mesmo que seu filho já seja um pouco grande e olhem feio pra você na rua.
Na rotina escola, carro, casa, shopping, talvez o carrinho já esteja escostado, mas numa viagem com certeza ele faz toda a diferença. Além do que você pode levar suas tralhas penduradas nele.

5. Evite sextas feiras.
Nem sempre dá para evitar, mas pode ser um stress desnecessário enfrentar um aeroporto lotado ou um trem tumultuado.

Se eu lembrar de mais coisas, vou colocando aqui!

terça-feira, 27 de março de 2012

Pedras pintadas

Escolhemos as mais redondinhas da praia.
É bom apresentar outros materiais em que é possível pintar que não seja o papel.
Eu fui desenhando para incentivar meu filho e acabei não deixando muitas pedras pra ele.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sr. Batata

Sempre que alguém do Brasil vem pra cá, peço pra minha mãe mandar alguma coisa (e se não peço ela manda mesmo assim rsrsr). Numa oportunidade ela mandou não 1, mas duas malas cheeeias de coisas.
Entre os brinquedos, um que eu mesma tinha pedido porque não coube na minha mala: o Sr. Batata.
Minha mãe mandou muito bem embrulhadinho todas as pecinhas do Sr. Batata dentro da embalagem. Desfiz as malas, e afinal, cadê a batata?? Ficou pra trás de novo.
Já que é uma batata, não foi tão difícil resolver. :)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mercadinho Casa Verdes Anos

Essa escola me agrada muito, então me sinto na obrigação de partilhar o convite do mercadinho que vai acontecer amanhã.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Invaidosa

Fazia muito tempo que eu não ia ao salão. Não sou das mais vaidosas, quem me conhece sabe que não faço a unha, não sou lá muito entendida de maquiagem nem tratamentos de beleza.
Mas eu me lembrava de uma promessa que fiz a minha mesma: quando for à um salão, vá em um bom! Não me lembro porque prometi isso, mas não é difícil imaginar. Experiência boa é que não foi.

Pois bem. Já não aguantava mais meu cabelo crescido, só preso, estava num daqueles momentos de "eu mereço" quando passei em frente ao salão do shopping, o mais bacana da região. Meu marido já foi entrando e falando pra moça que ia deixar pago para eu não escapar. Borá lá pro meu dia de princesa.

Já que é pra fazer, vamos fazer direito!

Pedi mexas, tipo californianas (tá bom, eu entendo alguma coisinha de beleza).
Me deram listras.
Minha cara não disfarçou. A moça: vamos alí, a gente ameniza....
-Não obrigada, eu vou me acostumar... (me esforçando num sorrizinho)
Eu não iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.

Vamos ao corte.
-Quero tipo daquela moça ali (a moça com cabelos curtos, assimétricos, com a franja na sombrancelha).
Ela então pega minha franja, mede na boca e diz, está bom aqui né?
Me senti falando grego. Ela achou que era uma manutenção, e o que eu queria era um corte de verdade. Quando pedi para cortar mais pela terceira vez, ela que não disfarçou a cara, pegou uma máquina e começou a cortar meu cabelo comprido, na máquina. Aí achei melhor desistir.

Nem quero contar o final da história para não reviver aquele momento nada confortável, aliás, triste.

Depois de deixar todas as minhas economias com a caixa, fui direto ao mercado para comprar uma tinta de cabelo. Cheguei em casa chorando e meu filho coitadinho, tentou até me consolar.

Foi então que entendi o porquê de eu frequentar tão pouco os salões de beleza.

E que desta vez o tempo não me deixe esquecer.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Máscara de papel marchê





Os dias andavam chuvosos, e evitar a televisão, o vídeo game, o DVD é realmente uma missão difícil. É tentador não só para as crianças, mas pra gente também.
Foi quando o carteiro encheu nossa caixa de correios de tablóides. Resolvi fazer uma bola de papel marchê, ainda sem muita finalidade, só para ver como é. Não me lembro de fazer isso nunca, nem quando eu era criança.
Foi uma experiência ótima ver o jornal se transformar num objeto tão diferente.
Fiz uma misturinha de cola com água e fomos colando as tiras de papel molhadas num balão.
Também é bom pra a criança exercitar a paciência porque só secou no dia seguinte.
Estouramos o balão, e pronto. Tínhamos uma bola de papel.
Sem saber muito o que fazer com aquilo, cortei ao meio e fiz duas máscaras, mas com mais criatividade dá para fazer uma infinidade de coisas.
Recomendo!

O tal foguete


Chego no quarto, e o tal foguete de papelão foi transformado numa casinha esconderijo pelo meu filho. E não é que é multiuso mesmo?

terça-feira, 20 de março de 2012

Receita da semana: nhoque integral



Tudo que vai farinha aqui em casa, tem que ser integral. Fica mais gostoso, mais nutritivo, então eu não entendo porque as pessoas ainda não têm esse hábito.
Lembrando que integral não significa light.
Me aventurei a fazer um nhoque. Meu marido ficava falando que estava com saudade do nhoque do Brasil, que avô falecido sabia fazer, etc.etc.etc.
Lá fui eu pro balcão da cozinha.
E não é que deu certo?
Mas não achei uma receita realmente boa, então adaptei uma daqui, outra dali, e vamos lá:

Para a massa
4 batatas (de preferência orgânicas)
2 ovos
1 maço de espinafre (de preferência orgânico)
2 xic de farinha integral
1 dente de alho
sal

Para o molho (não é aconselhável estragar o nhoque com um molho pronto)
4 tomates
meia cebola
1 dente de alho
1 colher de chá de mel ou açúcar
sal
manjericão

Primeiro vá adiantando o molho.
Coloque os 4 tomates inteiros na água quente para cozinhar.
Escorra e tire a casca quando estiverem mais mornos para não se queimar.
Se quiser descasque antes, tive as sementes e coloque para cozinhar com um pouco de água.
Noutra panela, refogue alho picado e cebola. Coloque os tomates com a água do cozimento e acrescente o mel e sal, salsinha. Use o mixer para triturar grosseiramente. Antes de servir coloque folhinas de manjericão fresco.

A massa não tem muito segredo.
Cozinhe na água com sal as batatas descascadas com as folhas de espinafre e o alho (tudo junto mesmo)
Amasse as batatas cozidas com o alho e reserve.
Tire as folhas de espinafre, escorra (esprema) e pique bem.
Quando a batata estiver mais morna, coloque todos os ingredientes e misture.

Use farinha branca para fazer aquela bagunça no balcão da cozinha e ajudar a massa a não grudar em nada.
Faça bolinhas ou tiras para cortar pedaços e coloque direto na água fervendo. (Não junte tudo para colocar depois como eu fiz porque os nhoques grudaram!)

Rende para 4 pessoas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Unschooling

Peter trabalhando em seu documentário sobre "estudar em casa"

Eu achava que a prática de educar em casa era apenas para os pequenos, no que conhecemos por idade não escolar, que vai até os 6 anos. A partir daí as escolas tem de seguir algumas regras, para que se tenha uma certa uniformidade no aprendizado de acordo com a idade.
(Tudo bem que a gente que é mãe e trabalha acha que a idade escolar é aos 2 anos, porque você chega na escolinha e seu filho está sentadinho numa carteira aprendendo as letras, e nós não só achamos normal como "obrigatório").
Em Portugal e alguns outros países o ensino doméstico após essa idade é legal e há um movimento no Brasil também defende este direito. Pais e mães, por diversos motivos, preferem educar seus filhos em casa.
Mas o que eu quero falar mesmo, é sobre o chamado "unschooling" dos maiores.
Um rapazinho de 20 anos chamado Peter Kowalke saiu da faculdade e criou uma comunidade que acredita na formação sem escola, o Unscholler Experiment. Não é a primeira iniciativa, mas ele está empenhado na causa e já recebeu $100 mil do Paypal para financiar o projeto. Ele estuda em casa e mais do que estudos ele valoriza a experiência.
Enquanto os rapazes da sua idade estão na faculdade, ele está conhecendo outros países, outras pessoas, descobrindo problemas e soluções do mundo. E essa experiência "de vida" é valorizada sim no currículo, e para empresas mais arrojadas, é isso que conta: um profissional criativo, com vivência e também com conhecimentos técnicos que correu atrás sozinho.
Claro que isso não se aplica em todas as áreas, afinal quem iria num médico sem formação?
Mas achei interessante pensando na geração desse rapaz, que já nasceu com todas as ferramentas de informação na mão, e pensou no que parece óbvio, questionar o sistema.
Essa evolução também é muito positiva em termos de valores e confirma que o diploma da vida é tão importante quanto uma faculdade. Steve Jobs e muuuitos outros não o deixam mentir.

sábado, 17 de março de 2012

Como economizar com orgânicos


Uma dica simples que vi no Dr. Oz (dona de casa total) que faz algum sentido:

Não gaste dinheiro comprando alimentos orgânicos de casca grossa.
O alimento recebeu "banhos" de pesticida, e você inevitavelmente vai descascá-los para consumir.
Como: laranja, banana, abóbora, etc.
Já alimentos de casca fina ou folhas, prefira os orgânicos.

A dica é válida apesar de achar essa questão bem relativa. Além de pesticidas, tem a terra, o tratamento, a adubação, etc.
Mas é bom lembrar na hora das compras.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Waldorf para um mundo melhor (não é um slogan!)


Esses dias, conversando com uma amiga, contei que gostaria que meu filho frenquentasse uma escola Waldorf, que o pediatra é Waldorf, etc. Como ela nunca tinha ouvido falar, eu tentei explicar.
Mas confesso que não foi tão fácil, falei sobre materiais naturais, respeito à individualidade da criança, desenvolvimento das aptidões artísticas, etc. E ela me olhava com jeito de "conta mais", porque tudo estava numa âmbito muito subjetivo.
Então, para clarear o assunto, vamos lá:

Definição do site da Sociedade Antroposófica:

A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente em de uma escola para os filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido deles.
As escolas Waldorf sempre foram integradas da 1a à 8a (ou 9a) séries, e até a 12a quando possuem o ensino médio, de 4 anos. Não há repetições de ano, e nem atribuição de notas no sentido usual.

Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o seu embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano introduzida por Rudolf Steiner. Essa concepção leva em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade aproximada. (...)

Ela é uma pedagogia holística (...) é encarado do ponto de vista físico, anímico e espiritual (...) Assim, por exemplo, cultiva-se o querer (agir) através da atividade corpórea dos alunos em praticamente quase todas as aulas; o sentir é incentivado por meio de abordagem artística constante em todas as matérias, (...) o pensar vai sendo cultivado paulatinamente desde a imaginação dos contos, lendas e mitos no início da escolaridade, até o pensar abstrato rigorosamente científico no ensino médio.

O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. Assim, não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a série. Sobre a necessidade do brincar infantil no jardim-de-infancia (...)

As escolas Waldorf são totalmente livres do ponto de vista pedagógico, pertencendo em geral a uma associação beneficente sem fins lucrativos. (...) visando formar futuros adultos livres, com pensamento individual e criativo, com sensibilidade artística, social e para a natureza, bem como com energia para buscar livremente seus objetivos e cumprir os seus impulsos de realização em sua vida futura.
O amor que os professores Waldorf devem desenvolver pelos seus alunos, e o conhecimento profundo que eles adquirem de cada aluno são outras características fundamentais da pedagogia. (...) durante os 8 anos do ensino fundamental cada classe tem um único professor (...) No ensino médio há um professor que, durante os 4 anos, assume o papel de tutor da classe. O médico escolar tem nas escolas Waldorf um papel fundamental de apoio médico-pedagógico aos professores, e deve conhecer profundamente a pedagogia.

Continua um pouco subjetivo, por isso vou colocar também um texto interessante de ex-alunos Waldorf que contam na prática como foi a experiência.

Você sabe que é Waldorf quando...
  • Você ainda não entende por que o dia de São Michael não é feriado nacional;
  • Você teve que explicar nas suas férias do segundo ano por que estava procurando uma pena bem bonita... E contava que era para começar as aulas de caligrafia!
  • Você toca instrumentos e canta afinado;
  • Você já usou sapatilha e bata de euritmia;
  • Quando você entra na faculdade, ainda acha que a primeira aula é de época;
  • Você sabe que os restos do lápis apontado deixam todos os "fundos" mais bonitos;
  • Você falava o verso da manhã todas as manhãs;
  • Você agradecia os alimentos antes de comer;
  • Cordas e balanços pareciam muito mais atraentes do que brinquedos de plástico;
  • Você construía a sua própria louça de argila;
  • Suas bonecas eram de pano;
  • Quando suas calças rasgam, em vez de jogá-las fora, você as costura;
  • Todos na sua escola sabem quando você começa a namorar ou termina com algum, mesmo que nunca tenha falado com você;
  • Você sabe que não deve respirar perto da tinta azul enquanto a prepara para a aquarela;
  • Subir em árvores e, em alguns casos, em telhados, era a coisa mais normal do mundo;
  • Toda semana atá a 4a série havia um novo desenho na lousa que sua professora fazia;
  • Aniversário da escola era dia de festa;
  • Você conhece todas as histórias da Bíblia, mesmo sem ter pisado uma vez sequer na igreja;
  • Você não tem idéia do que é ser nerd, jogador de futebol ou líder de torcida;
  • Quando você se forma, podem colocá-lo para falar na frente da China que você não tem vergonha;
  • Quando você precisa fazer um trabalho, tem que ficar perfeito e, se possível, com uma capa em degradê;
  • Se as cores não combinam, você se incomoda;
  • Você fica ansioso pela chegada de São Nicolau e seus ajudantes bravinhos;
  • Você pula que nem louco na peça de Natal pra pegar biscoitos;
  • Desde pequeno, você aprende a conversar com as plantas, as pedras e os animais;
  • Metade dos seus amigos é vegetariano e também metade deles leva marmita para a escola;
  • TODOS os seus amigos/colegas moraram/têm amigos em/viajam para/conhecem o Bairro Demétria em Botucatu;
  • Parece natural ter 4 aulas duplas de artes por semana e não entende porque seus amigos de fora acham isso estranho;
  • Carrega um estojo de lápis de cor mesmo estando no último ano do colegial;
  • Fez 9°, 10°, 11° e 12° anos;
  • Alguém pergunta porque sua escola não tem 1°, 2° e 3° colegial e você, para simplificar, fala que é porque sua escola é alemã. Daí quando pedem para você falar alemão, você tem que contar que não sabe muito mais que eins, zwei, drei...;
  • Ao terminar a escola tudo o que você quer é sair do Brasil e ir fazer Camphill em algum lugar da Europa;
  • Só toma remédios da Weleda ou da Sirimim;
  • Sabe quem foi Parsifal;
  • Viaja com a escola para medir terrenos;
  • Acha que folhas pautadas atrapalham;
  • No primeiro ano, todos usam lancheira de couro com enxoval de lanche;
  • Fazer sua própria capa de flauta doce é a coisa mais normal do mundo;
  • Você fez seus pais assistirem suas apresentações do primeiro ao quarto ano com todas as cantorias agudas e flautas desafinadas;
  • Você era obrigado a tomar chá de camomila, erva doce e hortelã no jardim;
  • Você já escutou várias vezes sua mãe praguejando que tinha que fazer 3 bonecos de pano e um presépio para vender no bazar de final de ano;
  • Você sente falta dos últimos 15 min de aula de época, que tinha a historinha em capítulos que o P.C. contava;
  • Trabalhos manuais não são só coisa de menina;
  • Você já teve que passar turnos vendendo churrasco, suco e cachorro quente, pizza, caldo de cana... no dia de São João;
  • Você sabe o que é uma Festa da Lanterna;
  • Você estuda o Egito fazendo um papiro e depois escrevendo nele;
  • Várrios prrofessorres seus têm sotaques estrrangeirros, prrincipalllmente da Alemanha e da Suíça;
  • Você ainda lembra da vaca que lambeu o gelo e criou o homem na Mitologia Nórdica;
  • Você gostava de mexer com minhocas no jardim da infância;
  • Você parou de gostar de minhocas nas aulas de jardinagem;
  • Quando você colhia algum legume da plantação da aula de jardinagem, levava;
  • todo orgulhoso pra casa e fazia todo mundo experimentar na hora do jantar;
  • No aniversário, ganhava uma pedrinha preciosa que seu "amigo gnomo" escondia em algum lugar da classe;
  • No dia de São Nicolau, ficava cayando as benditas estrelinhas no pátio;
  • Chama seus "recreios" de "pausas";
  • Considera sua classe sua família, onde todos são primos.. menos o seu namorado, sua paquera...;
  • Você briga com sua classe, mas se alguém mexer com ela, chiiii...;
  • Se você acha estranho a cantina da escola vender refrigerante;
  • Acha que comer coisas integrais é a coisa mais normal do mundo e não entende quando as pessoas nunca comeram um pão integral com queijo branco e mel,
  • Acha estranho tomar refrigerante de manhã;
  • seu passatempo é fazer crochê ou tricô;
  • Você tem mais canetinhas, lápis coloridos e giz de cera do que a sua priminha de 3 anos;
  • Viajar toda a classe junta na viagem de formatura é a coisa mais óbvia do mundo, porque afinal vocês passaram 12 anos da vida juntos;
  • Waldorfs não usam canetinhas... Uam giz de cera de abelha... Muito melhor!!!
  • Ai, outra coisa... Qando a gente fala Waldorf, e uma pessoa "conhece" um pouquinho, ou só de nome, ela quer corrigir a gente: "Ah, você quer dizer UALDORF...";
  • Não, minha filha... Eu estudei, me formei, e não só eu como todos chamam-na de Waldorf (Valdorf );
  • Waldorf que é Waldorf SABE desenhar;
  • Marcenaria? É arte, meu bem;
  • Você adora aprender, estudar... Mas estudar para você não tem o mesmo significado que para o resto dos mortais;
  • Durante muitos anos você não sabe que existem canetas esferográficas;
  • Seus cadernos são coloridos e cheios de desenhos... Alguns trocam de cor a cada parágrafo, outros pela classe gramatical, outros quando acham bonito;
  • Você não fala palavrão... Pois num dia infeliz, alguém lavou sua boca com sabão..;
  • Você tinha uma coleção de selos..;
  • Você jogava queimada em todos os intervalos;
  • Seus amigos não sabem como você aprendeu a jogar tanta coisa diferente, handball, baseball, etc..;
  • Morria de medo de passar atrás do gol quando o 12° ano jogava..;
  • Saía na rua com lanterninhas acesas cantando musicas... Era bonito, mas eu odiava!
  • Você finalmente descobre que ser Waldorf é bom, quando os professores de outras escolas dizem que o ensino ideal é muito parecido com aquele que recebeu na sua escola Waldorf;
  • Quando, em outras escolas, suas redações são muito mais criativas;
  • Seus desenhos são muito melhores do que dos outros;
  • Você é Waldorf quando, ao invés de aprender a ler e escrever logo no pré, ou de cara no grau, aprende a respeitar a natureza e as pessoas, valorizar o espírto. Todo o resto é conseqüência..;
  • Usa caneta tinteiro!
  • Zoam de você quando ficam sabendo que os meninos também fazem tricô e trabalhos manuais;
  • Você come granola no jardim, aprende a escrever no segundo ano, e faz uma casinha no terceiro ano;
  • As suas roupas não são de marca até o quarto ano, no mínimo;
  • A gente só aprende sobre os invertebrados no sétimo ano, quando na escola tradicional eles aprendem na segunda série;
  • E NINGUÉM VÊ DIFERENÇA ENTRE ARTES APLICADAS E ARTES!
  • E o preto é a ausência de cor;
  • E só na nossa escola "TODOS VENCEM";
  • Se o seu trabalho é pior do que o dele, tudo bem, porque você aprendeu com o trabalho dele, e bla, bla, bla!
  • A pessoa fala um verso de manhã, no dia da semana em que ela nasceu;
  • As crianças gostam de brincar com pazinhas de madeira;
  • Fadas e gnomos eram seus amigos de infância;
  • Tricotar não é moda, você o fez desde o primeiro ano;
  • Você fez meias, casacos, bichos de pelúcia e suas próprias roupas;
  • Os manequins sem rosto não assustam, mas se parecem com seus desenhos de infância;
  • Você entende que deve aprender tudo em épocas porque certas coisas devem "dormir em nós para amadurecer";
  • Você pode soletrar com seus braços;
  • Você já gostou de todos os meninos ou meninas da sua classe;
  • Por alguma razão, ter o mesmo professor por oito anos parece normal;
  • Quando seu boletim de final de ano vem escrito pela P.C., e o do colegial é colorido;
  • Quando o boleto de pagamento vem em letras que não possuem cantos retos;
  • Quando você tem a semana da primavera ou da batata, e não do saco-cheio, (ou quando tenta falar igual os outros diz semana do saco cheio de batata!!!);
  • Quando você teve que fazer trabalho anual, e deixou tudo para a última hora;
  • Se os nossos pais recebem presentes no dia deles, e ficam felizes por terem recebido um cartão, ou um desenho, ou um porta-retrato que a gente desenhou com os malditos tijolinhos de cera;
  • Tem que ter paciência para assistir as nossas 1000 apresentações, sem contar as das festas semestrais.
GEA (Grupo de Ex-Alunos Wadorf)

Fico imaginando como seria se todo mundo fosse como eles, cidadãos conscientes, pessoas criativas e ligadas às coisas mais simples e importantes da vida.

Quando o filho fica doente II

Quando levei meu filho ao PS, ele tomou um banho frio e teve de tomar antibiótico, uma experiência bem chata, como eu relatei aqui. Quando o levei a um pediatra Waldorf, ele perguntou:
"Como foi seu parto?" Eu: "Que?" Imagina a minha cara com a pergunta.

Ele perguntou se meu filho nasceu com cordão umbilical no pescoço e quantas voltas tinham. Explicou que os cordões no pescoço prejudicam um pouco o desenvolvimento da região, que os ossos podem não ficar encaixados como deveriam, e por isso que meu filho tinha problemas recorrentes de ouvido.

Naquele momento tudo era muita piração pra mim, e por isso fui dar uma pesquisada sobre o médico (um dos poucos dessa linha em Portugal). O cara simplesmente tem um currículo fantástico, médico, pediatra, otorrino, homeopata e Waldorf, com formação em tudo quanto é lugar do mundo. Devia mesmo saber o que estava falando.
Esse tipo de medicina acaba exigindo muito mais estudo e conhecimento do que a medicina tradicional, porque vai além, então por mais louco que pareça, tem um embasamento extraordinário.

Dar antibiótico é fácil. Difícil é avaliar um contexto em profundidade.
Estou feliz por achar um médico por aqui, porque essa é sempre uma tarefa difícil.
E além de tudo, ele é brasileiro.

quarta-feira, 14 de março de 2012

KONY 2012 e nós

Clique na imagem para ver o vídeo
O vídeo já tem mais de 100 milhões de views, então já não é novidade.
É obrigatório. Quem não viu, tem que ver. Eu, tive todas as reações que o vídeo tem como objetivo:
não pisquei os olhos, me envolvi, chorei, comprei a ideia, me mobilizei. A vontade era de levantar da cadeira e sair por aí ajudando a divulgar a campanha do Kony, ajudando as pessoas, o mundo. Me senti com poder. Pensei que o idealizador além de ganhar um Nobel vai ganhar também um leão em Cannes.
Minha atitude imediata: postar no Facebook.
Poucos likes, alguns comentários. E vejo que as pessoas já começaram a criticar a ação.
Porque é tudo estratégia americana, são os "bonzinhos" da história, porque têm interesses políticos pela região, e as pessoas, ingenuamente e ignorantemente estão promovendo a campanha sem saber profundamente o que estão a fazer.
Eu sabia muito bem o que eu estava fazendo.
O rapaz é americano, ele tinha 2 opções: ignorar ou ajudar. Resolveu ajudar. Ele poderia, como muitas outras organizações, doar coisas, criar uma estrutura mais digna (aliás, que também o fez), mas foi além. Tentou resolver na raiz do problema e tentou, com as ferramentas que têm em mãos.
Iria pedir ajuda a quem afinal? A outro país? A própria África? Aos pais? A Europa? Ah sim, devia ter pedido à Grécia.
(Ironias a parte) Ele pediu às pessoas e ao Governo Americano. So what? Interesses políticos, sim, vão tomar posse do território? Não. E não foi essa a motivação. E eu, ingenuamente, acredito nisso.
Mais do que divulgar o Kony, fez com que as pessoas sentissem o "poder" nas mãos, o que é muito importante para qualquer povo de qualquer nação. Principalmente países corruptos que o povo precisa se mexer para mudar alguma coisa (se identificou?).
Que a discussão não tire o foco do problema, as crianças continuam sendo sequestradas por Kony.
O assunto é um pouco polêmico, e até que alguém me convença do contrário, eu acho toda a campanha muito boa e nobre.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Aprendendo a ler


Meu filho tem quase 4 anos. Já sabe bem as letras, os números, mas indo tão pouco à escola eu tenho que reforçar em casa. Minha mãe me deu essa dica, colocar as palavras coladas nas coisas. Assim ele não necessariamente lê as sílabas da palavra, mas se familizariza com ela. Eu escrevi, nós lemos juntos e ele foi colando pela casa. Agora, por onde se olha há uma etiqueta.
Daqui uns dias vou fazer a brincadeira em inglês também.

domingo, 11 de março de 2012

Nota 10 no lazer, e zero no cardápio

Essa semana andei um pouco sumida do blog por vários motivos. Todos eles muito bons!
Surgiu uma oportunidade e vamos dar uma esticada cá em Portugal. Não pretendemos ficar muito mais, mas seria bom pelo menos ficar para o verão, como recompensa por atravessar o inverno. Passar frio aqui, depois voltar para o Brasil e passar frio lá, ia ser bem chato.
Escrevi pouco porque tenho curtido bastante com o calor que tem feito.
Ainda tenho tentado organizar o tempo. A última tentativa foi com as dicas da Taís, quando criei "minha metodologia" de organização aqui.
Na primeira semana foi uma maravilha. Mas não foi fácil, ficava na correria para realizar as tarefas, senti uma certa pressão... eu sabia que se não limpasse as janelas por exemplo, iria adiar uma semana. A opção "empurrar com a barriga" eu não me permiti fazer senão ia virar uma bagunça.
Na semana seguinte, só por ter acontecimentos fora da rotina, pronto, estragou tudo. Ir ao médico, jantar fora, qualquer coisa fora do planejado, não foi muito fácil administrar.
Apesar disso, saber que é possível ter uma metodologia, já mudou a minha forma de lidar com as tarefas. Ainda estou no beabá da organização.
Então decidi por simplificar:
Um dia eu limpo, um dia eu arrumo. 20 min pela manhã e 20 min à tarde. Pronto. Simples assim. Sem olhar agendas, sem pressão. O que der, deu. O que não der, fica para dali 1 dia.
Cardápio e supermercado, impossível ser 1 vez por semana. Serão 2. Isso se eu conseguir fazer cardápio (foi mais difícil que prova da faculdade, e eu teria tirado 0)
Outra nova "regra" foi limitar o tempo do facebook, blog, pinterest, etc.
Por isso vou escrever bem rapidinho, e outro dia volto para contar como estou me saindo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Bolo integral


Se tem uma coisa que não falta aqui em casa é farinha integral. Faço aquele crepe rapidinho, uma torta com os talos do espinafre, e bolos.... hummm... amo os bolos. Dei sorte em olhar aquela receitinha que vem na embalagem da farinha, e fiz um bolo fantástico e o mais incrível, os ingredientes mais simples do mundo.
Não vai ovo, não vai leite, e acho que por isso pode se considerar um bolo VEGANO, além de muito light. Não espere um bobo do tipo "fofinho e macio", ele fica com a casca bem crocante e cremoso dentro. Lindo.
Já estava devendo a receita para minha irmã, e como soube que ela anda acompanhando o blog, anota aí Gi!
A receita é de maçã, mas a foto é de banana, porque eu não tinha maçã em casa. Já fiz com pêra também, ficou incrível.

2 xícaras de farinha integral
1 xícara de aveia (flocos grossos)
1 colher fermento
1 pitada de bicarbonato de sódio
1 colher de canela em pó
1 pitada de erva doce
1 xícara de água
1/2 xícara de mel ou melaço
1/2 xícara de açúcar marcavo
2 maças sem casca cortada em pedaços pequenos
1/2 xícara de uva passa

Não uso batedeira (até porque não tenho) e nem precisa para não triturar os pedaços de maçã. É uma delícia encontrar um pedaço grande na sua fatia. Só juntar tudo, untar uma forma e assar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Brincando com balões

Eu já não tinha muito o que inventar, e percebo que tem horas que a criança tem que liberar a criatividade e tem horas que precisa ser orientada por um adulto para se sentir segura.Criei um jogo com uma "lista de tarefas" que ele tinha que cumprir. O mais legal foi que coloquei cada tarefa dentro de um balão.
A brincadeira era: cantar uma musiquinha, correr em volta dos balões e sentar em cima de um.
Dentro, um bilhetinho com coisas do tipo:
- Coloque sua capa de super herói e dê 3 voltas voando pela casa
- Cante o abecedário
- Vamos ver quem fica mais tempo sem piscar

Mesclei coisas divertidas, com coisas educativas e aproveitei para colocar até algumas tarefinhas dométicas tipo:
- Guarde todos os brinquedos espalhados no quarto!
Funcionou também.

Massinha/ Plasticina

Essa aqui foi uma das receitas que andei pegando por aí.Valeu muito a pena, dá para envolver a criança na confecção da massa, meu filho ficou animado.
Para colorir fiquei um pouco descrente porque tinha que mexer muito na massa para a cor ficar uniforme. Até que de repente, ficou!
A receitinha foi:
4 xic. pequenas de farinha de trigo
1 xic pequena de sal
1 xic pequena de água (tem que ir juntando igual massa de pizza, e sentir se está bom)
5 colheres de óleo
Tinta guache ou corante comestível.


Escola em casa

Não que eu esteja totalmente preparada para educar meu filho em casa, mas por vários motivos tirei ele da escola.
Primeiro porque ele não se adaptou à "cultura". Não gostava da sopa e de dormir, que convenhamos, era mesmo uma tortura. Eu já tinha relatado meu sofrimento aqui.
Depois, nós já estamos planejando nossa volta para o Brasil, já que era só um sabático. É claro que eu tinha esperança de esticar um pouco mais... mas enfim.
Aqui em Portugal não tem muitas escolas alternativas como eu gostaria para eu colocar meu filho. No Brasil seria muito mais fácil, e por isso acho que seria mais saudável segurar mais um tempo em casa para entrar direito.
Então as atividades por aqui estão animadas. Não é fácil, não posso dedicar 100% do meu tempo para ele, o que me deixa com o coração bem apertado, detesto largar ele na frente da TV. Então eu tento pelo menos fazer uma atividade diferente por dia, me dedicando de fato. Quando as ideias esgotam corro para o computador.
Nos próximos posts conto as últimas atividades.